terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A solidariedade de Obama

Eis que o consumo da solidariedade em seu caráter pragmático se faz sentir de forma inequívoca e eficiente. Depois de ver sucessivas quedas em índices de sua popularidade, Obama agora experimenta uma recuperação na sua imagem devido à maneira como tem lidado com a tragédia ocorrida no Haiti: de índices de 46%, considerados muito baixos para os padrões da política estadounidense, ele alcançou rapidamente 50% nos últimos dias. Há, portanto, um sentimento de aprovação às ações para o Haiti.

A dinâmica da recuperação dessa popularidade, no entanto, pode trazer novos dissabores para as pretensões do Brasil no que se refere à criação de uma cultura de liderança regional na América do Sul e no Caribe. Aparentemente, o custo da presença brasileira no Haiti tem sido dissolvido pela percepção de que o nosso país alça vôos antes não vistos. Talvez a solidariedade de Obama signifique alguma turbulência para o vôo brasileiro.

Referências Conexas

BARROS, Denise F.; SAUERBRONN, João F. R.; AYROSA, Eduardo A. T. O eleitor, o político e o marketing político - o bom, o mau e o feio. In: XXIX ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO (2005: Brasília). Anais ... Administração Pública e Gestão Social. Rio de Janeiro: ANPAD, 2005. (Versão integral em CD-ROM do Evento)

NEWMAN, Bruce I. The marketing of the president: political marketing as campaign strategy. Thousand Oaks: Sage, 1994.

Um comentário:

  1. A diferença está em ser a Ford doando 1 milhão de dólares e ser a Gurgel doando o mesmo tanto, numa analogia barata... Um tem nome forte e dinheiro para doar, o que é no mínimo o esperado; e outro não tem fama e nem dinheiro para doar, o que deve parecer pretencioso.

    Com uma pitada de exagero, é desse jeito que eu enxergo, e gostaria de ver a benevolência do governo brasileiro ser utilizada para atender primeiro a uns 80% dos problemas internos, para daí ajudar aos demais...

    Abraços!!
    Adriano

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