domingo, 22 de janeiro de 2012

Poesia concreta nos relógios de SP


Cidades se inventam e reinventam. O mundo não é um lugar comum. Tempos atrás, a cidade de São Paulo resolveu colocar poesias concretas em alguns de seus relógios de rua. Bom para a cidade. Bom para os olhos de quem confere o antes, o durante e o depois.


Referências Conexas

CAMPOS, Haroldo de; PIGNATARI, Décio; CAMPOS, Augusto de. Teoria da poesia concreta: textos críticos e manifestos de 1950-1960. São Paulo: Ateliê Editorial, 2006.

PETER, Middleton. Distant reading: performance, readership, and consumption in contemporary poetry. Tuscaloosa: University of Alabama Press, 2005.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Solidariedade desviada

Muitas pessoas doam recursos materiais e financeiros para ajudar populações que são vítimas de desastres naturais. Nos últimos anos isso tem acontecido cada vez mais no Brasil devido às chuvas, sobretudo durante o verão. Quem doa esses recursos, o faz com o desejo de que possam ser úteis para alguém. Espera-se que possam ajudar a aliviar a dor e o sofrimento de algumas pessoas. Esse comportamento, além de ser nobre, do ponto de vista moral, é também um comportamento de consumo. Consumo da solidariedade. Consumo do sentimento de colaboração, do bem estar, da consciência tranquila, entre outras possibilidades.

Simbólico em sua essência, poucas vezes esse consumo foi tão desmotivado, e até mesmo ameaçado em sua extensão, como nos últimos anos. Os recursos doados não têm chegado até quem precisa. Chegam às cidades, mas não são disponibilizados para as pessoas, como é o caso de Nova Friburgo, cidade do Estado do Rio de Janeiro. Depois de ter sofrido com chuvas devastadoras no verão de 2011 e voltar a enfrentar situação semelhante no verão de 2012, a cidade não teve a implementação de recursos de origem privada e pública a ela destinados cerca de um um ano atrás.

A recém aclamada sexta maior economia do mundo tem consideráveis dificuldades não só para proteger seus cidadãos de catástrofes climáticas, como também para restaurar condições básicas de sobrevivência após tais eventos. O desvio de recursos está praticamente institucionalizado no Brasil.

Referências Conexas

BARNETT, Clive; CLOKE, Paul; CLARKE, Nick; MALPASS, Alice. Consuming ethics: articulating the subjects and spaces of ethical consumption. Antipode, v. 37, n. 1, p. 23-45, 2005.

MANCE, Euclides A. Redes de colaboração solidária. Petrópolis: Vozes, 2002.

PATERSON, Mark. Consumption and everyday life. Abingdon: Routledge, 2005.

domingo, 15 de janeiro de 2012

O consumo na alimentação local e global

Qual a relação entre o consumo dos alimentos no âmbito doméstico e as práticas de alimentação mundo afora? Os alimentos que são consumidos em casa expressam aquilo que está no entorno dela, ou seja, na cidade em que se vive? O preparo da comida em casa reflete os hábitos e costumes do lugar, expressando uma cultura local, definida espacial e geograficamente, ou isso não existe e o que vivenciamos é uma homogeneidade no preparo e consumo de alimentos que exprimem uma interpenetração de hábitos e uso de ingredientes entre o que é local e global? A Tese de Doutorado em Administração “Globalização e comida: uma análise microssociológica da relação global/local na alimentação”, de autoria de Marcelo Jacques Fonseca, defendida em 2011 no PPGA da UFRGS, aborda essas questões e avança o nosso entendimento sobre como os significados relacionados à alimentação local e global são compostos e entrelaçados.

Esse post compõe uma série chamada “Olhar Acadêmico”. Trata-se de breves observações realizadas sobre trabalhos acadêmicos na forma de artigos, dissertações, teses ou livros relacionados direta ou indiretamente ao campo de cultura e consumo.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Facebook censura "Cultura e Consumo"

Não precisa estar na China, Síria ou Irã. Basta estar no Brasil e conectado a uma rede social. No caso, o Facebook. O post “o consumo da imagem da bunda”, escrito e publicado neste Blog no dia 1/12/2011, e que possuía um link no Facebook, foi retirado do ar no dia de ontem pelo próprio Facebook. Em uma primeira análise, talvez isso possa ser atribuído a algum mecanismo de busca do Facebook, que possivelmente encontre palavras cujo teor seja considerado chulo e retire automaticamente os links que as contêm. Talvez seja esse o caso. Ou não! Os estadounidenses costumam mencionar que “errar é humano, mas é preciso um computador para por tudo a perder”. Talvez alguém da própria equipe do Facebook, em algum tipo de busca, tenha julgado ofensivo o teor do post, ainda que um adolescente em início de carreira, com 12 anos de idade, pudesse lê-lo sem o menor constrangimento. Talvez, algum praticante do catolicismo tenha se sentido ofendido com a foto do post que lembra a imagem de A Última Ceia de Leonardo da Vinci e a tenha denunciado ao Facebook. Talvez isso, aquilo ou sei lá o quê. O fato é que houve censura no Facebook.

Referências Conexas

DEIBERT, Ronald; PALFREY, John; ROHOZINSKI, Rafal; ZITTRAIN, Jonathan. (Eds.) Access denied: the practice and policy of global internet filtering. Boston: MIT Press, 2008.

EBBS, Geoffrey; RHEINGOLD, Howard. Censorship on the information highway. Internet Research, v. 7, n. 1, p. 59-60, 1997.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Mulheres consomem itens de luxo em tempos de crise

Parece um paradoxo, mas não é! Deu no Financial Times que mulheres continuam com o hábito de consumir produtos de luxo em tempos de dificuldades financeiras. Essa é, digamos assim, uma evidência empírica da teoria do “efeito batom”, criada há mais de 10 anos por Leonard Lauder, chairman da Estée Lauder. Se a economia não vai bem e dificulta a realização das chamadas atividades sociais, como jantar fora ou ir a um evento artístico, por exemplo, que tal se presentear com algo que não seja trivial? O item da vez é a lingerie de luxo. Mais especificamente, o sutiã. A marca é a Stella McCartney. O preço? R$ 301,17.

Esse post compõe uma série chamada “Web News”. Trata-se de observações realizadas acerca de notícias relacionadas à temática de cultura e consumo publicadas na World Wide Web.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O consumo da virtude

É impressionante! Algo impensado está acontecendo na internet. Todos são santos, probos, qualificados, honestos, justos, e realizam ótimas escolhas. É o que se vê nas redes sociais eletrônicas. Elas parecem ser portas da redenção do homem moderno. Portas que se abrem para o consumo da virtude. Virtude virtual.

Referências Conexas

HIRSCHMAN, Elizabeth C. Comprehending symbolic consumption: three theoretical issues. In: HIRSCHMAN, Elizabeth C.; HOLBROOK, Morris B. (Ed.) Symbolic Consumer Behavior. Duluth: Association for Consumer Research, 1981. pp 4-6.

LASH, Scott; LURY, Celia. Global culture industry: the mediation of things. Cambridge: Polity Press, 2007.