domingo, 25 de outubro de 2015

Que Horas Ela Volta?




Se você ainda não viu, não deixe de assistir. Que Horas Ela Volta é um filme raro, daqueles que divertem e fazem pensar. Dirigido por Anna Muylaert, tem Regina Casé e Camila Márdila interpretando as principais personagens, Val e Jéssica, mãe e filha, respectivamente. A propósito, Regina Casé, que é carioca, está simplesmente sensacional no papel de uma pernambucana que trabalha como empregada doméstica na casa de uma família de classe média alta de São Paulo.

Muitos observam no filme as relações sociais no Brasil contemporâneo. Particularmente, observam a relação entre a casa grande e a senzala, tendo como pano de fundo a mobilidade social recente ocorrida no país. Mas o filme é mais que isso. É a narrativa quase silenciosa da cumplicidade.    

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Guerra é moda


 

(Quase) todos querem a paz, mas alguns se vestem (como se fossem) para a guerra !

[fotos feitas das páginas de uma revista de bordo da Gol Linhas Aéreas]

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Mister Brau




Deu na edição de hoje do The Guardian: nunca antes, na história da televisão brasileira, houve um seriado com um casal de negros como protagonistas. Trata-se do seriado Mister Brau, exibido pela TV Globo às terças-feiras, às 22 horas, que tem os atores Lázaro Ramos e Taís Araújo representando os principais personagens. A narrativa do seriado sugere que os protagonistas tiveram uma trajetória de superação de dificuldades em suas vidas pessoais em direção ao sucesso. Em que pese parecer espelhar a mobilidade econômico-social acontecida em anos recentes no Brasil, é uma narrativa própria para consumo no universo da TV e do entretenimento, sobretudo tendo a música como fio condutor. Ver negros em posição de destaque na TV brasileira é algo basicamente restrito ao âmbito da música e do futebol. A rigor, a sociedade brasileira continua veladamente segregacionista, com inúmeros episódios de preconceito e intolerância racial. 

Referências Conexas

Lamont, M., & Molnar, V. (2001). How black use consumption to shape their collective identity. Journal of Consumer Culture, 1(1), 31-45.

Oliveira, J. S., & Vieira, F. G. D. (2009). Os bens de consumo como mecanismo de mediação da reprodução cultural das mulheres negras. Comunicação, Mídia e Consumo, 6(17), 73-99. 

Suarez, M. C., Motta, P. C., & Barros, C. (2009). Consumo e castigo: um retrato das relações de consumo no seriado "A Diarista". Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, São Paulo, SP, Brasil, 33.